Bibi era uma cabrinha muito simpática, mas era também muito decidida e aventureira.
Queria conhecer outros lugares, outras terras.
Seus pais não concordavam com essa ideia. Para eles, o mundo fora do prado era muito perigoso para uma pequena cabrinha.
Contudo, Bibi não deu ouvidos aos conselhos dos seus pais e partiu à aventura.
De pulo em pulo, Bibi andou por muitos lugares, conheceu muitos animais. Até que chegou a uma praia e ali ficou, na areia, admirando a imensidão do mar.
Entretanto, chegou um grupo de jovens que tentaram agarrá-la . Bibi ficou assustada, tentou fugir mas não conseguiu. Foi agarrada e levada para uma cerca onde se apercebeu que ia ser “cabrito assado”.
Aflita, lamentou-se: porque não obedeci aos meus pais? Agora vou morrer tão nova. É o preço que pagamos por sermos desobedientes.
Calou-se por momentos e decidiu: a minha vida não pode acabar assim. Tenho de fazer alguma coisa. Depois de muito pensar, teve uma ideia: fingir-se de morta.
Assim fez e, de manhã, quando os homens a iam buscar para a matar, viram-na estendida no chão, sem sinais de vida. Viraram costas e foram-se embora deixando a porta aberta.
Bibi esperou que desaparecessem e fugiu só parando no prado onde fora criada e vivera com os pais.
Ana Ferreira, 2016, Lápis Mágico
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