Lápis Mágico
Provérbios
Do dicionário - sentença moral ou conselho da sabedoria popular, adágio, ditado.
A abelha-mestra não tem sesta, e se a tem, pouca e depressa
Abre o poço antes que tenhas sede
Em abril, águas mil, canta o carro e o carril
Em abril, cada pulga dá mil
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado
Abril frio, pão e vinho
Em abril guarda o gado e vai onde tens de ir
Quem em abril não varre a eira e em maio não sacha a leira, anda todo o ano em canseira
Provérbios de abril
Achar e guardar é furtar
Adeus mundo cruel!
Adiante, que atrás vem gente
Adivinhar é proibido
Aduba as terras e verás como medras
A afeição cega a razão
Afoga-se mais gente em vinho do que em água
Ao afortunado, até os galos põem ovos
Agarra o tempo pelos cabelos
Agora é que a porca torce o rabo
Agosto amadurece, setembro vindimar
Agosto debulhar, setembro vindimar
Em agosto, suor no rosto
Em agosto, toda a fruta tem gosto
Provérbios de agosto
Água e conselhos só se dão a quem os pedir
A água corre sempre para o mar
Água corrente não mata gente
Água dá, água leva
Água fria lava e cria
Água fria e pão quente nunca fizeram bem ao ventre
Uma água de maio e três de abril valem por mil
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura
A água que no Verão há-de regar, em abril há-de ficar
Águas passadas não movem moinhos
Águas verdadeiras, por S. Mateus as primeiras
Aí por Sant'Ana, limpa a pragana
Aí vem o meu irmão março, que fará o que eu não faço
Ainda está para nascer o que agrada a todos
Ainda a procissão vai no adro e o andor já vai desequilibrado
A albarda nunca pesou ao burro
Albarda-se o burro à vontade do dono
Alcança quem não cansa
De algodão velho não se faz bom pano
Alho e limão, são meio cirurgião
Alto! A burra deu um salto
Alto mar e sem vento, não promete seguro o tempo
Alto e pára o baile!
Amanhã também é dia
Amar é dar a alguém o poder de nos causar sofrimento
A ambição cerra o coração
A ambição é uma doença que só tem cura na sepultura
Ao amigo, ama-o com o seu vício
Amigo de bom tempo, muda-se com o vento
Amigo fiel e prudente vale mais do que parente
Amigo de um, inimigo de nenhum
Amigo de mesa não é de firmeza
Amigo do meu amigo, meu amigo é
Ao amigo que não é certo, um olho fechado e outro aberto
Amigo não empata amigo
Ao amigo não encubras o teu segredo, que darás causa a perdê-lo
Do amigo não esperes, aquilo que tu puderes
Amigo na necessidade, é amigo de verdade
Ao amigo que pede, não se diz amanhã
Amigo que não presta e faca que não corta, que se percam, pouco importa
De amigo reconciliado, guarda-te dele como do diabo
Amigo reconciliado, inimigo dobrado
Amigo verdadeiro vale mais do que dinheiro
Amigos, amigos, negócios à parte
Os amigos dos meus amigos, meus amigos são
Amigos no emprestar, inimigos no entregar
Amigos e livros, querem-se poucos mas bons
Amigos de longe, contas de perto
Os amigos são para as ocasiões
A amizade não tem preço
A amizade vive de provas
Amo impertinente faz o criado desobediente
Amor ausente, amor para sempre
O amor é cego, mas vê
Amor com amor se paga
O amor é como as crianças; começa a brincar e acaba a chorar
Amor da praia, fica enterrado na areia
Amor e fé, nas obras se vê
O amor é fogo que arde sem se ver
O amor é como a lua, quando não cresce mingual
O amor de mãe é cego
Amor e morte, nada é mais forte
Amor de mulher e amor de cão, nada valem se nada lhes dão
O amor não escolhe idades
Amor que nasce de súbito, mais tempo leva a curar
Amor a quanto obrigas
Amor sem dinheiro, não é bom companheiro
Amor sem vintém, não governa ninguém
Amor de velho, ciúmes de novo
Amor verdadeiro não envelhece
Amores arrufados, amores dobrados
Anda em capa de letrado, muito asno disfarçado
Anda direito se queres respeito
Anda meio mundo a enganar outro meio
Andar de Anás para Caifás
Andar marinheiro andar, não te apanhe SSimão no mar
Se as andorinhas partirem em outubro, seca tudo
Todos são anjos na hora de pedir e diabos na hora de pagar
Ao ano andar, aos dois falar
Ano de nevão, ano de muito pão
Ano-Novo, vida nova
Ano seco, ano bom
Antão era pastor, olhava cabras e tocava tambor
Antes burro vivo, que sábio morto
Antes que cases olha o que fazes
Antes que conheças, não louves nem ofendas
Antes a criança chore que a mãe suspire
Antes dar ao gato do que leve o rato
Antes das sopas, molham-se as bocas
Antes desejado que aborrecido
Antes de entrares, pensa na saída
Antes de falares uma vez, pensa duas
Antes que fales vê o que dizes
Antes homem sem dinheiro, que dinheiro sem homem
Antes invejado, que coitado
Antes marido feio e laborioso que bonito e preguiçoso
Antes minha face com fome amarela, que vergonha nela
Antes morrer arruinado, que viver esfaimado
Antes morrer da doença que da cura
Antes a pobreza honrada que a riqueza roubada
Antes quebrar que torcer
Antes sem ceia do que sem candeia Antes ser martelo que bigorna
Antes trabalhar que chorar
Ao vilão, dão-lhe o pé e toma a mão
Aonde te querem muito, não vás amiúde
Apaixonado não admite conselhos
Apanha com o cajado, quem se mete onde não é chamado
Apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo
Aparelha-se o cavalo à vontade do dono
As aparências iludem
O que se aprende no berço dura até à sepultura
Aprende e saberás
Aprende e serás mestre
Aprender até morrer
Aprender é como remar contra a corrente; é só parar e anda-se para trás
A apressada pergunta, vagarosa resposta
Apressado come cru
Aproveita o que o velho diz, que actua como juiz
Aproveite fevereiro, quem folgar em janeiro
Aquele que conta dez amigos, não tem um
Aqui há gato!
Ar e vento, é meio sustento
O que arde cura e o que aperta segura
É areia de mais para a minha camioneta!
O que arma a esparrela, tarde ou cedo cai nela
Arranjar sarna para se coçar
Arre cá, orelhudo, diz o asno ao burro
Arrenda a vinha e o pomar, se os queres desgraçar
O arrependimento lava a culpa
Arrobas não são quintais, nem as coisas são iguais
Arrufos de namorados, amores dobrados
Arte de agradar, arte de enganar
As coisas bem feitas bem parecem
Às três é de vez
Assim como vive o rei, vivem os vassalos
Até o diabo se ri!
Até ao lavar dos cestos é vindima
Até ao S. Pedro o vinho tem medo
Atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher
Atrás do isco vem o anzol
Atrás de mim virá quem de mim bom fará
Atrás do tempo, tempo vem
É na ausência que se conhece a falta
Ao avarento, tanto lhe falta o que tem como o que não tem
A avareza é a origem de todo o mal
Ave só não faz ninho
Aveia de fevereiro enche o celeiro
Aves da mesma pena andam juntas
Azar ao jogo, sorte no amor
A azeitona e a fortuna, às vezes muita, às vezes nenhuma
Azul e verde, escarro na parede
Antes para nós um baguinho que dois figos para o vizinho
Por baixo da manta, tanto vai preta como vai branca
A balança quando trabalha, não conhece ouro nem chumbo
O barato sai caro
Barbeiro não paga a barbeiro
Barco parado não faz viagem
Barriga cheia, companhia desfeita
Barriga cheia e pé dormente, não dura sempre
A barriga manda a perna
Barriga vazia não tem alegria
Barrigudo não dança, só sacode a pança
Basta arranhares um homem para encontrares um animal
Basta uma ovelha ranhosa para perder o rebanho
Batendo ferro e fogo o ferreiro consegue têmpera e dinheiro
Se bebe para esquecer, pague antes de beber
Beber vinho não é beber siso
Se bebes demais, tropeças e cais
A bebida quer-se comida e a comida bebida
Bebidas fortes, homens fracos
A beleza depressa se acaba
A beleza está nos olhos de quem a vê
Beleza sem virtude é como uma rosa sem cheiro
Bem ama quem não esquece
Não serás bem amado, se só contigo tens cuidado
Bem canta a Marta depois de farta
É bem casada a que não tem sogra nem cunhada
Bem começado é meio feito
Bem dissimular, para bem governar
Bem dizer e bem ouvir é arte de conversar
Bem está o que bem acaba
Bem querer e bem fazer, muito importa para bem viver
Bem fazer nunca se perde
Bem se lambe o gato, depois de farto
Bem prega o Frei Tomás. Façam como ele diz e não o que ele faz
Bem prega Maria, em casa vazia
Fazer bem a vilão ruim é lançar água em cesto roto
Bem sabe a burra, diante de quem zurra
Bem sabe mandar, quem sabe obedecer
Benefício oferecido vale mais que pedido
Bens mal adquiridos... vão como vieram
Besteiro mau, aos seus atira
Boa amizade é um segundo parentesco
Boa árvore não dá ruim fruto
Boa fama granjeia quem não diz mal da vida alheia
A boa filha duas vezes vem para casa
Boa leitura, tristeza cura
Boa palavra custa pouco e vale muito
Boa romaria faz, quem em sua casa está em paz
Para boa vida levar, ver, ouvir e calar
A boa vida é a mãe de todos os vícios
Boa vida, pai e mãe olvida
As boas acções recomendam o homem
Para boas colheitas, pede bom tempo a Deus, pelas têmporas de S. Mateus
Boas contas fazem boas amizades
As boas contas fazem os bons amigos
As boas maneiras distinguem os homens dos bichos
As boas maneiras são a melhor carta de recomendação
A boca do ambicioso só se enche com a terra da sepultura
À boca da barra perde-se o navio
Boca que diz que sim, também diz que não
Em boca fechada não entra mosca
Boca de rico, bolsa de pobre
Bocejo longo ou é fome, ou sono, ou ruindade do dono
À boda e ao baptizado, não vás sem ser convidado
Boda molhada, boda abençoada
Bolo torto não perde o gosto
Bolsa cheia, coração alegre
O que é bom acaba depressa
O bom cão não ladra em falso
Bom comer, três vezes beber
Bom conselho desprezado, há-de ser muito lembrado
Bom exemplo, meio sermão
O bom filho à casa torna
O bom fruto vem de boa semente
O bom gosto não se ensina
O bom, junto ao pequeno fica maior e junto ao mau fica pior
O bom modo e o bom falar, a todos agrada, sem nada custar
O bom mosto sai ao rosto
Bom nome é melhor que riqueza
O bom por si se gaba
Bom rei, se quereis que vos sirva, dai-me de comer
Bom saber é calar, até ser tempo de falar
Bom é ter amigos, nem que seja no inferno
O bom vinho alegra o coração
O bom vinho arruína a bolsa, e o mau o estômago
Bom vinho escusa pregão; bom peso faz vender o pão
O bom vinho faz bom sangue
Bom vinho, má cabeça
O bom vinho por si fala
O bom vinho traz a venda consigo
A bondade e o perdão só fazem ingratidão
A boniteza não se põe à mesa
Bonito é, o que bonito parece
Bons amigos, bons conselhos
Os bons conselhos são sempre amargos
Bons dias em janeiro enganam os homens em fevereiro
Bons livros, bons amigos
Junta-te aos bons e serás como eles, junta-te aos maus e serás pior que eles
Não vás sem a borracha a caminho e, se a levares, não seja sem vinho
Borreguinha mansa, mama a sua teta... e a alheia
Branco é, galinha o põe
Branco em janeiro, sinal de pouco dinheiro
Brigas de namorados, amores dobrados
A brincar a brincar, com as verdades me enganas
A brincar a brincar, o macaquinho casou com a mãe
A brincar se dizem muitas verdades
Burra velha não toma carreira, anda sempre da mesma maneira
Burro com fome, cardos come
Burro morto, cevada ao rabo
Se um burro te zurrar, não lhe zurres
A burro velho, capim novo
Burro velho não aprende línguas
Burro velho não tem andadura, e se a toma, pouco dura
Buscar lenha para se queimar
Cá se fazem, cá se pagam
Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga
Cabra manca não tem sesta
A cabra da minha vizinha, dá mais leite que a minha
Cada um acha prazer onde o encontra
A cada bacorinho vem seu S. Martinho
Cada cabeça, sua sentença
Cada coisa tem o seu tempo
Cada um colhe aquilo que semeia
Cada um come do que gosta
Cada um come o que é seu
Cada um é como é
Cada um constrói a sua felicidade
Cada um deve varrer diante da sua porta
A cada dia, dá Deus a dor e a alegria
Cada um fala como é
Cada um leva a água ao seu moinho
Cada macaco no seu galho
Cada ovelha com sua parelha
Cada panela tem o seu testo
Cada um é para o que nasce
Cada passarinho gosta do seu ninho
Cada um por si e Deus por todos
Cada um procura o que lhe convém
Cada um puxa a brasa para a sua sardinha
Cada qual com seu igual
Cada qual sabe onde lhe aperta o sapato
Cada qual sente o seu mal
Cada qual no seu ofício
Cada um sabe as linhas com que se cose
Cada Santo tem o seu nicho
Cada um só goza a paz que o vizinho quer
Cada um na sua casa e Deus na de todos
Cada um tem aquilo que merece
Cada um tem o seu fraco
Cada um tem o seu gosto
Cada um tem o seu S. João
Cada um tem de viver com aquilo que tem
Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso
Cada tolo tem a sua mania
Os cães ladram e a caravana passa
Cães e lobos comem todos
Caindo o Natal à segunda-feira tem o lavrador de alargar a eira
De calar ninguém se arrependa, quando na discussão ninguém se entenda
Calar a verdade é enterrar ouro
Caldo sem pão, no inferno dão
Cale o que deu e fale o que recebeu
Calma que Deus é grande e o mundo é pequeno
O caminho mais curto nem sempre é o mais a direito
Candeia que vai à frente, alumia duas vezes
Se a Candelária chora, está o Inverno fora. Se a Candelária rir, está o Inverno para vir
Quem canta antes do almoço, chora antes do sol posto
Canta que logo choras
O cântaro tantas vezes vai à fonte que um dia lá deixa a asa
Cão na igreja, toda a gente o apedreja
Cão que ladra não morde (enquanto ladra)
O cão e o menino vão para quem lhes faz carinho
É cão que não conhece dono
Capa e merenda nunca pesaram
Capoeira onde há galo, não canta galinha
Capricho teimoso não cede à razão
É na cara dos pobres que os barbeiros aprendem
Caranguejo que dorme, maré que o leval
A carapuça é para quem a enfia
A caridade, bem entendida, começa por nós
A caridade começa em casa
Carne que baste, vinho que farte e pão que sobre
Carro alugado não anda sem ser untado
A casa do teu amigo não vás sem ser convidado
Em casa cheia é fácil fazer a ceia
Quem casa a correr, tem toda a vida para se arrepender
Casa de ferreiro, espeto de pau
Em casa do Gonçalo mais manda a galinha que o galo
À casa de teu irmão, não vás sem ter razão
Na casa manda ela, mas nela mando eu
A casa do mentiroso está em cinzas, e ninguém acredita
Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão
Casa que não é ralhada, não é bem governada
Em tua casa não tens sardinha e na alheia pedes galinha
Casa onde comem dois, comem três
Casa de pais, escola de filhos
A casa do rico irás se fores chamado e à do pobre sem seres chamado
Casa o teu filho quando ele quiser e a tua filha quando puderes
Casa varrida e mulher penteada, parece bem e não custa nada
Por casa nem por vinha, não cases com mulher parida
Fui a casa da vizinha e envergonhei-me, voltei para casa e remediei-me
Casamento, apartamento
A Cascais, uma vez e nunca mais
Em caso de necessidade, casa a freira com o frade
Cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém
Cava fundo em novembro para plantares em janeiro
A cavalo dado não se olha ao dente
Cavalo que voa não quer espora
Cedo ou tarde, tudo quanto se faz se sabe
Se o cego guia o cego, correm ambos o risco de cair
Um cego não pode ser juiz em cores
Cego é o que não quer ver
Bem mal ceia quem come de mão alheia
Cem amigos é pouco, um inimigo é muito
Cerra a porta e farás a tua vizinha boa
Cessa a prudência quando falta a paciência
Cesteiro que faz um cesto faz um cento, dando-lhe verga e tempo
Chão pisado não dá erva
Chapa ganha, chapa batida
Chega-se o ouro para o tesouro
Chegou, viu e venceu
Provérbios chineses
Choupana onde se ri, vale mais que palácio onde se chora
Chovam trinta maios e não chova em junho
Chuva de Ascensão não dá palhas nem pão
Chuva civil não molha militares
Chuva fina por Sto. Agostinho é como se chovesse vinho
Chuva em janeiro e não frio, vai dar riqueza ao estio
Chuva no S. João, nem bom vinho nem bom pão
Chuva que não acaba ao meio-dia, é chuva para todo o dia
Por cima folhos e rendas, por baixo nem fralda tem
Em cima do leite, nada lhe deite
A cisma é pior que uma doença
Coelho casa com coelha e não com ovelha
Coisa adiada não está acabada
Coisa julgada é tida por verdadeira
Coisa ruim não tem perigo
Com direito por teu lado, nunca receies dar brado
Com Fafe ninguém fanfe
Com o fogo não se brinca
Com jeito e com arte irás a toda a parte
Com o mal que faz o lobo, folga o corvo
Com melão vinho de tostão seme
Com pão e vinho já se anda caminho
Com papas e bolos se enganam os tolos
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és
Comamos e bebamos e nunca mais ralhamos
Come como são, bebe como doente
Come para viver, não vivas para comer
O que começa bem está meio feito
Uns comem os figos, outros rebenta-lhes a boca
Comer e beber, só o que apetecer
O comer e o coçar vão do começar
Comer gato por lebre
Comer que nem um abade
Comer o pão que o diabo amassou
Comer sem pão, é comer de lambão
A comida depois de passada a goela, o estômago que se entenda com ela
Comida fina em corpos grossos faz mal aos ossos
É como cair em saco roto
É como chover no molhado
É como o ferreiro c/ maldição, quando tem ferro não tem carvão
Comparação não é razão
O competente não aquece o lugar
Quem compra sem poder, vende sem querer
A comprar, só o que se pode pagar
A confraria é rica, os padres é que são pobres
Conseguir vender areia na praia
O conselheiro não é quem paga
Conselho de raposas, morte de galinhas
Conselho de vinho, falso caminho
Contas adiadas saiem furadas
Contra factos não há argumentos
Contrato de casamento leva consigo o testamento
As conversas são como as cerejas, umas puxam as outras
Mais vale um coração sem palavras, que palavras sem coração
O coração tem razões que a própria razão desconhece
O coração é uma criança, deseja tudo o que vê
A corda quebra sempre pelo lado mais fraco
Só os cordiais merecem ser tratados com cordialidade
Cresce e aparece
Cria corvos e eles te comerão os olhos
Criado que faz o seu dever, orelhas moucas deve ter
Criados e bois um ano ou dois
Criança mimada, criança estragada
O crime não compensa
O criminoso volta sempre ao local do crime
Se o cuco não vem entre março e abril, ou é morto ou está para vir
Cuida bem no que fazes e não te fies em rapazes
Cuida o ladrão, que todos o são
A culpa é sempre dos ausentes
O que a uns cura, a outros mata
A curiosidade matou um frade
Da abundância vem o tédio
Da discussão nasce a luz
Dá duas vezes, aquele que dá depressa
Da proibição nasce a tentação
O que se dá ao rato, dá-se ao gato
Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus
Uns dando enriquecem, outros roubando mais empobrecem
Daqui até lá, só Deus sabe o que será
Daquilo que bem lhe sabe, não reparte o frade
Dar antes de morrer, é dispôr-se a sofrer
Dar o dito por não dito
Dar esmola não empobrece
Dar é honra, pedir é desonra
Dar tempo ao tempo
Dar uma bofetada de luva branca
Dar uma no cravo e outra na ferradura
Das grandes ceias estão as sepulturas cheias
De alto cai quem alto sobe
De boa árvore bons frutos
De boas intenções está o inferno cheio
De burros não se espera senão coices
De contente se ri o dente
De esperança vive o homem até à morte
De falso bem, o verdadeiro mal vem
De fio a pavio
De focinho de cão não se tira manteiga
De livro fechado não sai letrado
De longe se faz perto
De mal agradecidos está o inferno cheio
De manhã começa o dia
De médico e louco todos temos um pouco
De nada duvida quem de nada sabe
De noite, à candeia, parece bonita, a feia
De noite todos os gatos são pardos
De onde menos se espera é que vem a ingratidão
De pequenino é que se torce o pepino
De pequeno verás, que filho terás
De pessoa calada afasta a tua morada
De quem não é prudente, afaste-se a gente
De Santa Catarina ao Natal, mês igual
De um ""sim"" e de um ""não"" nasce uma questão
De todos desconfia o coração culpado
De velho se torna a menino
Nem um dedo faz a mão, nem uma andorinha faz o Verão
Defeitos do meu amigo, lamento mas não maldigo
Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer
O que é demais, é moléstia
Se és demasiado doce, comer-te-ão; se és demasiado amargo, vomitar-te-ão
O demasiado rompe o saco
Depois de almoçar, deitar. Depois de cear, andar, andar...
Depois de um bom poupador, um bom gastador
Depois da casa roubada, trancas à porta
Depois de comer e beber, cada qual dá o seu parecer
Depois das sopas molham-se as bocas
Depois diz que tens azar!
Depois dos Santos, neve nos campos
Depois da filha casada, não lhe faltam pretendentes
Depois do mal acontecido, todos o tinham adivinhado
Depois do mal feito, todos sabem como se teria evitado em
Depois que o Menino nasceu, tudo cresceu
Depois da tempestade vem a bonança
Depressa e bem não faz ninguém
Depressa e bem, há pouco quem
Enquanto se descansa, vamos aqui rachar esta lenha!
Desconfia daquele a quem fizeste o bem
O descuido é a morte do artista
Deseja o melhor e espera o pior
Desejo proibido é o mais apetecido
À desgraça ninguém foge
Desmanchar e fazer, tudo é aprender
Desta vida nada se leva
O destino a Deus pertence
A destreza pode muito, mas mais a perseverança
Deus ajuda a quem se ajuda
Deus ajuda quem trabalha, que é o capital que menos falha
Deus castiga sem paus nem pedras
Deus escreve direito por linhas tortas
Deus os fez, Deus os juntou
Deus dá frio conforme a roupa
Deus nos livre de quem mal nos quer e bem nos fala
Se Deus o marcou, alguma coisa nele notou
Deus me defenda do amigo, que do inimigo me defendo eu
Se Deus não perdoasse a ladrão, ficava sozinho no Céu
Deus não é de vingança, mas castiga pela mansa
Deus nos livre dos maus vizinhos ao pé da porta
Deus dá as nozes, mas não as parte
Deus dá nozes a quem não tem dentes
Se Deus quisesse que o homem voasse, tinha-lhe feito asas
Só Deus sabe o que vai na cabeça de cada um
Deus tarda mas não falta
Aquilo que Deus uniu, jamais o homem poderá separar
Devagar, que o Santo é de barro
Devagar que tenho pressa
Devagar se vai ao longe
O dever acima de tudo
Às dez, mete na cama os pés
Dezembro com junho ao desafio, traz janeiro frio
Dezembro molhado, janeiro geado
Em dezembro treme o frio em cada membro
Provérbios de dezembro
Dia de S. Barnabé seca-lhe a palha pelo pé
Dia de S. Brás a cegonha verás e se não a vires, o Inverno vem atrás
Dia de S. Lourenço vai à vinha e enche o lenço
Dia de S. Martinho lume, castanhas e vinho
No dia de S. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho
No dia de Santo André, vai à esquina e traz o porco pelo pé
Um dia vale por dois, para quem diz ""Já"" e não ""Depois""
O diabo não é como o pintam
O diabo sabe muito, porque é velho
Há dias em que cair é uma sorte
O dinheiro abre todas as portas
Dinheiro adiantado, dinheiro mal parado
O dinheiro é bom de gastar e mau de granjear
O dinheiro é bom servidor, porém mau senhor
Dinheiro compra pão, não compra gratidão
O dinheiro é um diabo, mas sem dinheiro são dois
Dinheiro emprestado sai rindo e volta chorando
Dinheiro faz dinheiro
O dinheiro fez-se para gastar
Dinheiro mal ganho, água o deu, água o levou
Dinheiro não conhece dono
Dinheiro não fala
Dinheiro não tem cheiro
Dispensaste auxílio alheio, carregas o saco cheio
Ditados velhos são evangelhos
É dito e feito!
Dividir o mal pelas aldeias
Diz-me com quem andas, dir-te-ei as manhas que tens
Dizer é fácil, o difícil é fazer
Dizer e fazer não comem à mesma mesa
Do dizer ao fazer, vai uma grande distância
Do adulador, quanto mais longe melhor
Do dito ao feito vai um grande eito
Do dizer ao fazer, há muita coisa a ver
Do erro alheio, tira o prudente conselho
Do instrumento vem o sustento
Do mal o menos
Do poupar vem o ter
Do prato à boca, arrefece a sopa
Do vinho e da mulher, livre-se o homem... se puder
Dobrado tem o perigo, quem foge do inimigo
O que é doce nunca amargou
A doença vem a cavalo e vai a pé
Dois pobres à mesma porta, um deles fica sem esmola
O dono do boi é quem pega no chifre
Dor compartilhada é dor aliviada
Dormem os gatos, descansam os ratos
É dos carecas que elas gostam mais
Dos enganos vivem os escrivães
Dos fracos não reza a história
Dos males o menor
Dos Santos ao Natal, Inverno natural
Dos Santos ao Natal, perde a padeira o cabedal
Dos Santos ao Natal, vai um salto de pardal
Duas pedras duras não fazem farinha
Duas terras mantêm um homem, quatro matam de fome
Duro com duro não faz bom muro
Duro de cozer, duro de roer
A dúvida é a sala de espera do conhecimento
A economia é a base da riqueza
A educação é riqueza
Não ter eira nem beira, nem raminho na figueira
Em Roma, sê romano
Em sua casa cada um é rei
Em tempo de figos, não há amigos
Encobrir o erro, é errar outra vez
Encomendas sem dinheiro, ficam no cais de Aveiro
Encostar a barriga ao balcão
Não me enganas dormitando, também costumo dormir
Enquanto dura, vida é doçura
Enquanto o ouro luz, os amigos são de truz
Enquanto há vida, há esperança
Entra o beber, sai o saber
Ou entra mosca ou sai asneira
Entra por um ouvido e sai pelo outro
Entrada de leão, saída de carneiro
Entre dois males, o menor
Entre marido e mulher, cortesia se quer
Entre marido e mulher, não se meta a colher
Entre mortos e feridos, alguém há-de escapar
Entre um e outro, o diabo que escolha
Entregar a carta a Garcia
Enxame de maio, a quem o pedir, dai-o
Era bom, mas acabou-se
A quem erra perdoa uma vez e não três
Errar é humano
Errar é próprio do homem, perdoar é próprio de Deus
Erros de médico, a terra os encobre
A erva ruim não queima a geada
És esperto, mas não caças ratos
O escorregar da língua é pior que o do pé
Escuta mil vezes e fala só uma
A esperança é a última a morrer
É Espírito Santo de orelha!
Espirro de bode é sinal de chuva
O que está escrito faz lei
Estar com os pés para a cova
Estar como o bêbado no meio da ponte
Estar como um boi a olhar para um palácio
Este conselho só - causa inveja, não causes dó
Este mundo são dois dias, e este já vai na conta
Estes publicitários são uns exagerados!...
Eu gosto de quem gosta de mim
Eu seja cão!
A excepção faz a regra
Excesso de justiça, faz injustiça
O que existe sempre aparece
Os extremos tocam-se
Faca aguçada não se afia
Não sei que faça, se beba o vinho, se parta a cabaça
Os factos não deixam de existir, só porque são ignorados
A fadiga é a melhor almofada
Fala pouco e bem, ter-te-ão por alguém
Falai no mau, aparelhai o paumes
Falai no Mendes, aqui o tendes
Os que falam muito não são os que mais produzem
Falar bem, não custa a ninguém
A falar no diabo e ele a aparecer
A falar é que a gente se entende
Falar não enche barriga
Falar para com os seus botões
Falar sem pensar, vem muitas vezes a falhar
Falas-me a gaguejar, estás-me a enganar
A falta do amigo há-de-se conhecer, mas não aborrecer
À falta de pão, até migalhas vão
Fama é melhor que dourada cama
Fama sem proveito, dá dor de peito
A familiaridade provoca desrespeito
É fatal como o destino!
O que não se faz no dia de Santa Luzia, faz-se noutro dia
O que faz falta é animar a malta
Faz o mal, espera igual
Faz-se caminho ao andar
Fazer o bem sem olhar a quem
Fazer das tripas coração
Fazer dele gato sapato
Fazer a festa e deitar os foguetes
Fazer ouvidos de mercador
Fazer trinta por uma linha
Fazer uma tempestade num copo de água
A felicidade está onde cada um a põe
A felicidade é proporcional ao grau de esforço
Feliz é quem por feliz se tem
Ferro que não se usa, gasta-o a ferrugem
A ferro quente, malhar de repente
Festa acabada, músicos em pé
Em fevereiro chuva, em agosto uva
Fevereiro enxuto rói mais pão do que quantos ratos há no mundo
Fevereiro matou a mãe ao solheiro
Em fevereiro neve e frio, é de esperar ardor no estio
Fevereiro quente trás o diabo no ventre
A fevereiro e ao rapaz perdoa tudo quanto faz, se fevereiro não for secalhão e o rapaz não for ladrão
Fevereiro trocou dois dias por uma tigela de papas
Provérbios de fevereiro
Fia-te na virgem e não corras
Ficar tudo em águas de bacalhau
Ficar a ver navios
Filho aborrecido, não teve bom castigo
Para o filho, um bom conselho, é o pai servir-lhe de espelho
Filho de burro um dia dá coice
Filho de gato, mata rato
Filho és, pai serás, assim como fizeres, assim encontrarás
Filho de peixe, peixinho é
Filho de peixe sabe nadar
Filhos criados, trabalhos dobrados
Os filhos da minha filha meus netos são, os da minha nora serão ou não
Os filhos nunca cheiram mal aos pais
Ao fim de um ano tem o criado as manhas do amo
O fim justifica os meios
É fino como um rato!
Quem fizer a cama bem feita, melhor nela se deita
Flor no peito, um burro perfeito
Foge do maldizente, como da serpente
O fogo e a água são maus amos e bons criados
A fome espreita à porta de quem trabalha, mas não entra em casa
A fome faz sair o lobo do mato
A fome é má cozinheira
A fome é o melhor tempero
A força está na constância
O fraco, ofendido, atraiçoa; o forte, perdoa
Frango de janeiro canta à Meia-Noite em ponto
Freio de ouro não melhora o cavalo
Em frente da arca aberta, o justo peca
Frio de julho, abrasa em S. Tiago
Ande o frio por onde andar, no Natal cá vem parar Ano de ameixa, ano de muita queixa
O fruto proibido é o mais apetecido
Frutos e amores, os primeiros são os melhores
Fugir a boca para a verdade
Fugir do gago quando está zangado, porque facilmente fica endiabrado
O futuro a Deus pertence
Gaba-te cesto, que logo vais à vindima
Gaiola bonita não faz cantar o canário
Gaivotas em terra, tempestade no mar
Galinha de campo não quer capoeira
Galinha que canta quer galo
A galinha da vizinha é melhor que a minha
Galinha gorda por pouco dinheiro, não há no poleiro
A galinha, onde tem os ovos, tem os olhos
Galinhas de S.João, pelo Natal poedeiras são
Da Galiza, nem bom vento nem bom casamento
Galo pedrês não o vendas nem o dês
Ganha fama e deita-te na cama
Ganhá-lo como um preto, gastá-lo como um fidalgo
A ganhar se perde e a perder se ganha
Ganhar e perder, tudo é desporto
Da garganta para baixo, tanto sabe a galinha como a sardinha
Gato escaldado, de água fria tem medo
Gato escondido com o rabo de fora
Gato miador, ruim caçador
Generosidade é dar antes de ser solicitado
A gente julga mal ou bem, conforme o interesse que tem
A gente pensa que se benze e parte o nariz
A gente só aprende quando é tarde demais
Gordura é formosura
Os gostos não se discutem
Gota a gota, o tonel se esgota
Uma gota de mel apanha mais moscas que um tonel de vinagre
Gozar à grande e à francesa
De graça trabalha o relógio, mas quer corda todos os dias
Graças a Deus muitas e graças com Deus nenhumas
Grandes caminhadas, grandes mentiras.
As grandes dores são mudas
Não é por ter grandes orelhas que o burro vai à feira
Grandes peixes se pescam em grandes rios
Grão a grão enche a galinha o papo
Um grão não enche o celeiro, mas ajuda o seu companheiro
A gratidão é a memória do coração
Guarda que comer, não guardes que fazer
Guarda para maio o pão tremês, não o percas nem o dês
Guarda em moço, acharás em velho
Guarda o que não presta e terás o que precisas
Guarda pão para maio e lenha para abril
Guarda-te do tolo, se tens miolo
Guardado está o bocado para quem o há-de comer
Guerra avisada não mata soldados
Guerra de S. João, paz todo o ano Há dias em que cair é uma sorte
Guerra de S. João, paz todo o ano
Antes de ires para a guerra reza uma vez, antes de embarcar duas, e antes de casar três
Há gostos para tudo
Há limites para tudo
Há mais ingratos que sapatos
Há mais marés que marinheiros
Há mais quem suje a casa, do que quem a varra
Há males que vêm para bem
Há mar e mar, há ir e voltar
Há muitas maneiras de matar pulgas
Há muitas Marias na terra
Há sempre um ajudante à missa
Há sempre um mau da fita
O hábito é uma segunda natureza
Haja fartura, que a fome ninguém a atura
Homem ajuizado por todos é respeitado
Homem casado, nem bom marido nem bom soldado
Homem embrutecido tem pouca educação e menos juízo
De homem para homem não vai força de boi
Homem em jejum, não ouve nenhum
Livra-te do homem que não fala e do cão que não ladra
O homem que não tem um sorriso, não deve abrir uma loja
O homem põe e Deus dispõe
Homem prevenido vale por dois
O homem de sete ofícios nem por isso chega a rico
Homem de sete ofícios, em todos é remendão
Homem velho e mulher nova dão filhos até à cova
Antes de mal com os homens por amor a el-rei, que de mal com el-rei por amor aos homens
Os homens inteligentes mudam de opinião, os burros não
Os homens mostram a sua superioridade por dentro. Os animais, por fora
Os homens não se medem aos palmos
Os homens são todos iguais, só tirar o nome e nada mais
Honra e proveito não cabem em saco estreito
A hora de comer é a mais curta
Hora a hora, Deus melhora
Hóspede e pescada, aos três dias enfada
A ignorância do bem é a causa do mal
A ignorância é má conselheira
A ignorância e o vento são do maior atrevimento
Ao ignorante sempre aborrece o sabedor
A imagem do que amamos é como a nossa sombra, segue-nos por toda a parte
Sê indulgente e mostrarás ser prudente
O invejoso é mau e manhoso
Inverno laborioso, Verão venturoso
Inverno de março e seca de abril deixam o lavrador a pedir
Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-eis pelo S. Martinho
Ir desta para melhor
Ir à guerra ou casar, não se deve aconselhar
Ir à lã e ser tosquiado
Ir tudo por água abaixo
Ir de vento em popa
A irritação não tem olhos
Isso é outra loiça!
Já aqui não está quem falou
Eu cá sou como o Jacinto, tanto bebo branco como tinto
Janeiro fora, mais uma hora
Janeiro molhado, se não cria pão, cria gado
Em 1 de janeiro sobe ao Outeiro. Se vires verdejar põe-te a chorar. Se vires terrear, põe-te a cantar
Em janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro
Em janeiro, um salto de carneiro
Em janeiro, sete casacos e um sombreiro
Em janeiro uma hora por inteiro; e se bem contar, hora e meia vai achar
Provérbios de janeiro
Pelo S. João deve o milho cobrir o rabo do cão
Jogarás, pedirás, furtarás
Jogo e bebida, casa perdida
O que o jogo dá, o jogo leva
Julga-se sempre o lobo maior do que ele é
Em julho ceifo o trigo e o debulho, e em o vento soprando, o vou limpando
Em julho, ao quinto dia verás que mês terás
Provérbios de julho
Junho abafadiço, sai a abelha do cortiço
Em junho, ainda a velha esfrega o punho
Junho calmoso, ano famoso
Junho floreiro, paraíso verdadeiro
Em junho, foicinha em punho
Provérbios de junho
Juntar-se a fome à vontade de comer
Juntar-se o útil ao agradável
Junto à panela que ferve, não faltam amigos
A justiça começa em casa
A juventude é imprudente, salta por cima do riacho e a ponte ali ao lado
Juventude leviana faz a velhice desolada
O que lá vai, lá vai
Ladrão não rouba ladrão
Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão
Laranja de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite mata
Laranjas em janeiro, dão que fazer ao coveiro
Lavrador, antes sem orelhas que sem ovelhas
A lei é dura, mas é a lei
Lembra-te do futuro e o futuro se lembrará de ti
Lembra-te sogra, que foste nora
Lerpar como o cão do Miguel
Levar a água ao seu moinho
Levar a sua cruz ao calvário
Lá me leve Deus, onde estão os meus
É leve o fardo nos ombros dos outros
Liga-se ao coice conforme o burro
Língua de mel, coração de fel
A língua não mente o que o coração sente
Lobo não come lobo
Logo que outubro venha, procura a lenha
Longe da vista, longe do coração
Louvor em boca própria é vitupério
Louvor humano é puro engano
Lua com ""circo"", traz água no bico
Lua de pé, marinheiro deitado
Lua Nova setembrina, sete luas domina
Lua Nova trovejada, trinta dias é molhada
Lua setembrina, para sete luados se inclina
Lua à tardinha, com seu anel, dá chuva à noite a granel
Luar de janeiro e amor o primeiro
Ao luar de janeiro se conta o dinheiro
Luar de janeiro não tem parceiro, mas lá vem o de agosto, que lhe dá de gosto
Em lugar para dois, não cabem três
O lume ao pé da estopa e o diabo lhe assopra
É má como as cobras!
A má companhia torna o bom, mau e o mau, pior
Quem tem má memória, comete sempre os mesmos erros
Má vizinha à porta é pior que lagarta na horta
Maçã podre apodrece um cento
Macaco velho não mete a mão em cumbuca
Madrasta, o nome lhe basta
A magreza é sinal de pobreza
Em maio, come-se a cereja ao borralho
Maio coveiro não é vinhateiro
Maio frio, junho quente, bom pão, vinho valente
Maio hortelão, muita parra e pouco grão
Maio me molhou, maio me enxugou
Maio pardo, centeio grado
Maio pardo e ventoso, faz o ano formoso
Provérbios de maio
Maior fosse o dia, maior a romaria
Não há maior idiotice do que viver pobre para morrer rico
A maior ventura é a que menos dura
Quem mais alto sobe, de mais alto cai
Mais caro é o dado que o comprado
Quanto mais conheço os homens, mais gosto dos animais
O que mais custa, melhor sabe
É mais fácil dizer que fazer
É mais fácil prometer que dar
Mais perde em amizades quem mais teima nas verdades
Há mais quem nos queira mal que bem
Mais quero asno que me leve, a cavalo que me derrube
Quanto mais ralos se matam, mais raros ficam
Mais se sabe por experiência que por teoria
Mais vale a boa fama do que se deitar numa boa cama
Mais vale um bom trabalhador que um mau mandador
Mais vale bom vagar que má pressa
Mais vale cair em graça que ser engraçado
Mais vale cautela que arrependimento
Mais vale o exemplo que a doutrina
Mais vale a experiência que ciência
Mais vale um gosto na vida que cem mil reis na algibeira
Mais vale ir que mandar
Mais vale uma mão inchada que uma enxada na mão
Mais vale um mau acordo que uma boa demanda
Mais vale nada dizer, que dizer nada
Mais vale um pássaro na mão que dois a voar
Mais vale pedir que roubar
Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num minuto
Mais vale pouco e acertado que muito e errado
Mais vale pouco mas certo que muito e incerto
Mais vale pouco com Deus, que muito sem Deus
Mais vale pouco que nada
Mais vale prevenir que remediar
Mais vale pronto recusar que falso prometer
Mais vale sabedoria que força
Mais vale sê-lo que parecê-lo
Mais vale só que mal acompanhado
Mais vale suar que enfermar
Mais vale tarde que nunca
Mais vale um toma que dois te darei
Mais vale um pé no travão que dois no caixão
Mais vale o vizinho à mão do que longe o nosso irmão
Mal te aconselha quem do trabalho te afasta
Mal de amor não tem cura
O mal e o bem à cara vem
A mal desesperado, remédio heróico
Mal fechado, mal guardado
Mal haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz
Mal que se ignora, coração que não chora
Mal me querem as comadres por lhes dizer as verdades
Mal de muitos, consolo é
Mal que não tem cura. A velhice e a loucura
Quem mal não usa, mal não cuida
Mal por mal, antes cadeia que hospital
Mal vai a Beira se antes dos Santos não mói a ribeira
Mal vai Portugal, se três cheias não vierem até ao Natal
É malhar em ferro frio
Manda quem pode, obedece quem deve susa
Manda a santa religião, coçar onde há comichão
Mande bem, mande mal, mas mande um só
Manhã de nevoeiro, tarde solheiro
Manhãs de abril, boas de andar e doces de dormir
Se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé
Mãos frias, coração quente, amor para sempre
Mãos generosas, mãos poderosas
Mãos a mais, trabalho a menos
Mãos que não dais, porque esperais?
Mãos quentes, coração frio, amor vadio
Março chuvoso, S. João farinhoso
Março marçagão, curas meadas, esteiras não
Março marçagão, de manhã cara de cão, ao meio-dia de rainha e à noite de fuinha
Março marçagão, manhã de Inverno e tarde de Verão
Em março o sol rega e a chuva queima
Em março tanto durmo como faço
Provérbios de março
A Maria vai com as outras
Mata com ferros, com ferros morres
Mata a sede à terra que ela te matará a fome
A quem do seu foi mau despenseiro, não fies o teu dinheiro
Mais vale ter mau hálito que não ter hálito nenhum
Mau pai, mau marido
Mau princípio, pior fim
Mau vinho, bom vinagre
Médico cura-se a si mesmo
De médico, padre e advogado todos temos um bocado
O medo guarda a vinha que nem o vinhateiro
O medroso até da sombra tem medo
Meia vida é a candeia; e pão e vinho a outra meia
Meias, só para os pés
Mel novo, vinho velho
Melão e casamento são coisas de acertamento
Com melão vinho bom, e com melancia água fria
O melhor bocado é o do fim
Melhor é que pelo Natal, tenha o alho bico de pardal
Não há bom que não possa ser melhor, nem mau que não possa ser pior
A melhor palavra é a que fica por dizer
Melhor é pão duro, que figo maduro
Menino amimalhado, mal dobrado
Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo
O menino engorda para crescer e o velho para morrer
Menino farto não é comedor
A mentira só dura enquanto a verdade não chega A minha pobre casinha, é pobre mas é minha
A mentira só dura enquanto a verdade não chega
Merece primeiro e pede depois
Merenda comida, companhia desfeita
O mês de agosto será gaiteiro se for bonito o 1º de janeiro
Em mesa redonda não há cabeceira
Mesmo a casa de teu irmão, não vás cada serão
Ao mesmo tempo soprar e sorver, não pode ser
Metade do pagamento é o agradecimento
Meter o nariz onde não é chamado
Meu dito, meu feito
Quem meus filhos beija, minha boca adoça
Migalhas também são pão
Ai Miguel, Miguel, que não tens abelhas e vendes mel
Ou é da minha vista ou os barrotes estão tortos
Para a missa e para o moinho, não esperes pelo teu vizinho
Misturar alhos com bugalhos
O mocho não entra no ninho da calandra
Mocidade ociosa, velhice trabalhosa
A montanha pariu um rato
Ou há moralidade ou comem todos
A mordedura do cão cura-se com a baba do mesmo
Morra Marta, mas morra farta
Morrer por morrer, morra o meu pai que é mais velho
Morrer por morrer, morra o meu pai que é mais velho
Por morrer uma andorinha, não acaba a Primavera
Morreu o bicho, acabou-se a pessonha
Morte desejada não é mais chegada
Morte desejada, vida dobrada
Aos mortos e aos ausentes, não os insultes nem os atormentes
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Mudam os ventos, mudam-se os pensamentos
Muita confiança, pouco respeito
Muita parra, pouca uva
Muitas vezes se perde por preguiça o que se ganha com justiça
Muito ameaça quem de medroso não passa
Muito amor, muito perdão
Muito atura quem precisa
Se muito come o tolo, mais tolo é quem lho dá
Muito se engana quem cuida
Muito esquece a quem não sabe
Muito se gasta, que a metade basta
Muito padece quem ama
Muito pode o galo no seu poleiro
Muito pouco sabe quem muito se gaba de saber
Muito riso, pouco siso
Muito sabe a raposa, mas quem a apanha sabe mais
Muitos poucos fazem muito
Mula que faz him e mulher que sabe latim raramente têm bom fim
Mulher arrenegada é pior que víbora assanhada
Mulher que assobia, seu homem cornia
Mulher que bem se arreia, nunca parece feia
Mulher boa, ave rara
Mulher de bom recado, enche a casa até ao telhado
Mulher bonita nunca é pobre
Mulher de buço, nem qualquer um lhe apalpa o pulso
À mulher casada, o marido lhe basta
Mulher de cego, para quem se enfeita?
A mulher e a cereja para seu mal se enfeitam
A mulher é como a laranja, só depois de descascada é que se sabe se é doce
A mulher e o dinheiro dos outros é sempre melhor
Mulher doente, mulher para sempre
Mulher que a dois ama, aos dois engana
Mulher de fidalgo, pouco dinheiro e grande trançado
Mulher que do homem se fia no jurar, vinga-se no chorar
Mulher honrada é a menos falada
Mulher de janela, diz de todos e todos dela
Mulher janeleira, raramente encarreira
A mulher e o melão, o calado é o melhor
Mulher que muito bebe, tarde paga o que deve
Mulher que não perde festa, para pouco presta
Mulher de nariz arrebitado, é levada do diabo
A mulher e o peixe no mar, são difíceis de apanhar
Mulher de pêlo na venta, nem o diabo a aguenta
A mulher ri quando pode e chora quando quer
A mulher e a sardinha, nem da maior nem da mais pequenina
A mulher e a sardinha querem-se da mais maneirinha
Mulher séria não tem ouvidos
Mulher só, faz tudo; duas, fazem pouco; três, não fazem nada
A mulher e o vidro estão sempre em perigo
Mulher e vinho enganam o mais fino
Mulheres e ferramentas de corte, acertar com elas é uma sorte
Este mundo é uma bola, quem anda nele é que se amola
O mundo nos vê, Deus é que nos conhece, ninguém é como parece
O mundo é uma bola, quem anda nele é que se amola
Na adversidade é que se prova a amizade
Na boa cabeça nunca faltam chapéus
Na desconfiança está a segurança
Na intenção está o valor da acção
Na necessidade se prova a amizade
Na prisão e no hospital, vês quem te quer bem e quem te quer mal
Na Santa Marinha vai ver tua vinha, assim como a achares, assim a vindima
Na vida nem tudo são rosas
Nada se faz sem tempo
Nada há mais certo na vida que a própria morte
Nada é mais prejudicial a quem trabalha, que a presença dos que nada fazem
Não acordes o gato que dorme
Não adianta chorar, depois do leite derramado
Não se afoga no mar quem por lá não andar
Não há amor como o primeiro
Não anda descalço, quem semeia tojos
Não andar lá muito católico
Não há ano, afinal, que não tenha o seu Natal
Se não arrancas a silveira, sofre a videira
Não há atalho para o êxito
Não há atalho sem trabalho
Não há ausentes sem culpas, nem presentes sem desculpas
Quem não se aventurou, não perdeu nem ganhou
Não batas mais no ceguinho
Não bate a bota com a perdigota
Não bebas coisa que não vejas, não assines papel que não leias
Não há bela sem senão
Não há bem que sempre dure nem mal que se não acabe
Se não é boi é vaca
Não há bom mosto, colhido em agosto
Não se caçam lebres tocando tambor
Não cantar vitória antes do tempo
Não há carne sem osso, nem fruta sem caroço
Não há casamento sem choro, nem funeral sem riso
Quem não anda com os cestos na vindima tem pouco amor à vinha
Não há coisa escondida, que não venha a ser sabida
Não é com palha que se apaga o fogo
Não é com vinagre que se apanham moscas
Não contar com o ovo no cu da galinha
Não contes os pintos senão depois de nascidos
Se não convém, não faças; se não é verdade, não digas
Não há crime perfeito
O que não custa não lustra
Não dar o braço a torcer
Não dar a mecha para o sebo
Não dar ponto sem nó
Não deitar foguetes antes da festa
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje
Não dês o dedo ao vilão, que te tomará a mão
Não dês a ovelha a guardar ao lobo
Não dês pérolas a porcos
Não se deve despir um Santo para vestir outro
Não se deve falar em corda em casa de enforcado
Não se deve festejar o Santo antes do seu dia
Não digas tudo o que pensas, mas pensa em tudo o que dizes
Não diz coisa com loisa
Não dizer uma para a caixa
Não há Domingo sem sol, nem noiva sem lençol
Não há duas sem três
Não está mais aqui quem falou
Não faças mal, que esperes vir bem
Não faças nada, sem consultar a almofada
Não falar ao mestre do que ele ensina mal
O que não se faz de uma vez, faz-se em duas ou três
Se não fazes o que queres, ao menos, faz o que puderes
Não há fome que não traga fartura
Não há fumo sem fogo
Não se gaste vela em mau defunto
Não há glória sem inveja
Se não gostas, pões na beirinha do prato
Não há gosto sem desgosto
Não é o hábito que faz o monge
Com teu amo não jogues às pêras, ele come as maduras e deixa-te as verdes
Não julgues mal de ninguém, nem para mal nem para bem
Não se lastima o que bem termina
Não há lenha como o azinho, nem carne como o toucinho
Não há luar como o de janeiro
Não há madeira sem nós
Não há maior amigo que o julho com seu trigo
Não há maior parente que amigo fiel e prudente
O que não mata, engorda
Não meças todos pela mesma bitola
Não há melhor juiz que o tempo
Não há mês mais irritado que abril zangado
Não há mês que não volte outra vez
Não metas a foice em seara alheia
Não é por muito madrugar que amanhece mais cedo
Não há ninguém que não se engane
O que não é de ninguém é de todos e o que é de todos não é de ninguém
Não ocupa mais pés de terra o Papa que o sacristão
Quem não ouve conselho, não chega a velho
Não peças a quem pediu, nem sirvas a quem já serviu
Não perdes pela demora!
Não se pescam trutas a bragas enxutas
Não há pior despeito que o do pobre orgulhoso
Não se pode agradar a gregos e a troianos
Se não podes com o teu inimigo, alia-te a ele
Não ponhas todos os ovos debaixo da mesma galinha
Não é por aí que o gato vai às filhós
Não há prazer onde não há de comer
Não queiras mais ao amigo do que ele quer contigo
Não queiras mal ao teu vizinho que o mal vem-te pelo caminho
Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele
Não se rasgue um lençol para remendar outro
Não há regra sem excepção
Não responder, já é resposta
Não se ria o roto do esfarrapado
Não há rosa sem espinhos
Quem não sabe calar, não sabe falar
Quem não sabe disfarçar, não sabe reinar
Não sabe governar quem tudo quer controlar
Não sabe mandar quem não sabe obedecer
Não saber da missa a metade
Não há sábio nem douto que de louco não tenha um pouco
Não saia de casa sem capa e merenda, para que ao fim do dia não se arrependa
Não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita
Não é Santo da minha devoção
Quem não tem sorte, tanto faz correr, como saltar
Não subas tu, sapateiro, acima da chinela
Não sujes a água que hás-de beber
Quem não tem dinheiro, não tem vícios
Quem não tem farinha, não precisa de peneira
Quem não tem manha, morre no mar como a aranha
O que não tem remédio, remediado está
Quem não tem sorte ao jogo, tem sorte no amor
Não ter papas na língua
Não ter ponta por onde se lhe pegue
Não trocar o certo pelo duvidoso
Não vá o Diabo tecê-las
Se não há vento, rema
Nariz de cão e cu de gente, nunca está quente
Nas costas dos outros vê as tuas
Nasce erva em março, ainda que lhe dêem com o maço
O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita
Natal em casa, Páscoa na praça
Natal ao lar (chuva), Páscoa a assoalhar
Do Natal à Santa Luzia cresce um palmo em cada dia
A necessidade aguça o engenho
A necessidade faz os homens espertos
A necessidade não tem barreiras
Nem em agosto caminhar, nem em dezembro marear
Nem amigo reconciliado, nem duas vezes guisado
Nem aquece, nem arrefece!
Nem a camisa seja ciente do que a tua alma sente
Nem come nem deixa comer!
Nem oito nem oitenta!
Nem o pai morre, nem a gente almoça!
Nem sempre aquele que dança é quem paga a música
Nem sempre galinha, nem sempre sardinha
Nem sempre o que parece é
Nem só de pão vive o homem
Nem tanto ao mar nem tanto à terra
Nem tanto nem tão pouco
Nem tudo o que luz é ouro, nem tudo o que alveja é prata
Nem tudo o que vem à rede é peixe
Nem tugiu, nem mugiu
A nenhum coxo esquecem as muletas
Neve em fevereiro, presságio de mau celeiro
Lá por não haver neve no telhado, não significa que a lareira não arda
Névoas de agosto, nem bom nabo, nem bom magusto
Nevoeiro de mais de três dias, durará oito
Nevoeiro de S.Pedro, põe o vinho a medo
Ninguém é bom juiz em causa própria
Ninguém corta a mão porque lhe dói um olho
Ninguém cria fama, deitado na cama
Ninguém diga que está bem
Ninguém se embebeda com vinho da sua adega
Ninguém se envergonhe de perguntar o que não sabe
Ninguém está bem com a vida que tem
Ninguém fica para semente
Ninguém foge ao seu destino
Ninguém gosta de estar preso
Ninguém pode ser julgado duas vezes pelo mesmo erro
Ninguém se meta onde não é chamado
Não quero que ninguém morra, só quero que a vida me corra (diz o cangalheiro)
Ninguém nasce ensinado
Ninguém é obrigado a fazer o que não pode
Ninguém é pobre senão de juízo
Ninguém é profeta em sua terra
Ninguém será bom senhor se não for bom servidor
No amor, quem foge é vencedor
No aperto e no perigo é que se conhece o amigo
No Carnaval ninguém leva a mal
No dar e no tomar, cuidado no enganar
No dia de S. Martinho, fura o teu pipinho
No dia de Santo André diz o porco ""quié"", ""quié"" (30/11)
No Entrudo, vale tudo
No S. João a sardinha pinga no pão
No meio é que está a virtude
No melhor pano cai a nódoa
No Outono o sol tem sono
No pó semeia que setembro to pagará
No poupar é que está o ganho
No quartel de Abrantes, tudo como dantes
No riso é o doido conhecido
No vinho está a verdade
A noite é boa conselheira
O que à noite se faz, de manhã aparece
Nossa Senhora de março, traz o cestinho no braço (dia 25)
O que é nosso à nossa mão vem ter
Notícia ruim corre depressa
Em novembro, põe tudo a secar, que pode o sol não voltar
Provérbios de novembro
Quem de novo não morrer, de velho não escapa
Novo rei, nova lei
Novos tempos, novos costumes
Nunca digas desta água não beberei
Nunca falta um chinelo velho para um pé manco
Nunca o invejoso medrou, nem quem à beira dele morou
Nunca é tarde para amar
Nunca é tarde para aprender
Obra apressada, obra estragada
Obra de prudente é, podendo fazer mal, não o fazer
Obra de vilão, atirar a pedra e esconder a mão
A ocasião faz o ladrão
A ociosidade é responsável por muitos vícios
Oh pernas, para que vos quero!
Olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço
O olho do dono é que engorda o cavalo
Olho por olho, dente por dente
Olho que vê, mão que pilha
Olho vivo e pé ligeiro!
Os olhos fizeram-se para ver e não para dormir
O que os olhos não vêem, o coração não sente
Pão com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos
Oliveira a do meu avô, figueira a do meu pai e vinha a que eu plantar
Onde entra o sol, não entra o médico
Onde há fumo, há fogo
Onde há galo, não canta galinha
Onde manda o amor, não há outro senhor
Onde todos ajudam, nada custa
O óptimo é inimigo do bom
Ou sim ou sopas!
Ou vai ou racha!
Outros tempos, outros ventos
Outubro chuvoso, torna o lavrador venturoso
Em outubro pega tudo e recolhe tudo
Em outubro sê prudente, guarda o pão, guarda a semente
Em outubro semeia e cria, terás alegria
Outubro suão, negaças de Verão
Provérbios de outubro
O que se ouve no lar, diz-se ao luar
Os ouvidos não se limpam com a cotonete, mas com o cotovelo
Ouvir é prata, calar é ouro
O que ouvires dos outros, escuta de ti
Ovelha que bale, bocado que perde
A paciência é amarga, mas os seus frutos deliciosos
Quem paga adiantado, não tem bom resultado
Paga o que deves, saberás com quanto ficas
Paga o justo pelo pecador
Pagar com o pêlo do mesmo cão
O pagar e o morrer, o mais tarde que puder ser
A pai avarento, filho pródigo
Dá o pai ao filho que nada merece; nunca o filho dá ao pai sem interesse
A pai ganhador, filho gastador
Pai impertinente, filho desobediente
Pai não tiveste, mãe não temeste, diabo te fizeste
A paixão torna o homem cego, surdo e... e burro!
A palavra é de prata e o silêncio de ouro
Palavra puxa palavra
Palavra de rei não volta atrás
As palavras boas são, se assim for o coração
Palavras fazem muitas vezes mais que as pancadas
Palavras, leva-as o vento
A palavras loucas, orelhas moucas
As palavras mostram o que cada um realmente é
As palavras não proferidas são as flores do silêncio
As palavras voam, os escritos ficam
Palhas ao palheiro, meninas ao candeeiro
Quando se faz uma panela, faz-se o testo para ela
Pão de hoje, carne de ontem e vinho do outro Verão fazem o homem são
Pão pão, queijo queijo
O pão pela cor e o vinho pelo sabor
Pão quente, muito na mão, pouco no ventre
Papagaio come o milho, periquito leva a fama
Papas sem pão, abaixo se vão
Para o ano de S. Cerejo, que é tarde e nunca o vejo
Para um bom entendedor meia palavra basta
Para colher, é preciso semear
Para curar um amor, só outro grande amor
Para curar uma gripe, avinha-te, abifa-te e abafa-te
É para o que der e vier
Para ensinar, é preciso saber
Para os entendidos, acenos lhes bastam
Para a frente é que é o caminho
Para ganhar, basta poupar
Para grandes males, grandes remédios
Para lá do Marão, mandam os que lá estão
Para o mau oficial nenhuma ferramenta presta
Para mim vens de carrinho!
Para morrer basta estar vivo
Para onde o coração se inclina, o pé caminha
Para pé de pobre, qualquer calçado serve
Para o prudente, uma palavra é suficiente
Para quem é, bacalhau basta
Para quem sabe ler, um ponto é letra
Para trás mija a burra!
Para tudo há uma solução
Parar de aprender, é esquecer o que se sabe
Parar é morrer
Parecer sem ser, é fiar sem tecer
As paredes têm ouvidos
Parir é dor, criar é amor
Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte
O parvo calado por sábio é reputado
Páscoa alta, chumbo na malta
Páscoa em março, ano de mortaço
Passar como um cão por vinha vindimada
Passar a mão pelo pêlo
Passar as passas do Algarve
Pássaros de arribação, tão depressa estão como vão
O que passou, passou
Patrão fora, dia Santo na loja
Enquanto o pau vai e vem, a gente folga as costas
O pavão quanto mais levanta a cauda mais se lhe vê o rabo
Pecado confessado é meio perdoado
Os pecados dos nossos avós, fazem-nos eles e pagamo-los nós
Pede o guloso para o desejoso
Pedir a avarento é cavar no mar
A pedra e a palavra, depois de lançadas não voltam atrás
Pedra que rola não cria limo
O peixe que se escapa do anzol é sempre enorme
Peixe não puxa carroça
Pela aragem se vê quem vai na carruagem
Pela Assunção, cada pinga vale um tostão
Pela boca morre o peixe
Pela obra se conhece o artesão
Pelo cão, se respeita o patrão
Pelo dedo se conhece o gigante
Pelo S. Lourenço vai à vinha e enche o lenço
Pelo S. Martinho, abatoca o teu pipinho (11/11)
Pelo S. Martinho, deixa a água para o moinho
Pelo S. Martinho, lume, castanhas e vinho
Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho
Pelo S. Martinho, prova o teu vinho. Ao cabo de um ano, já te não faz dano
Pelo S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho
Pelo S. Mateus não a peças a Deus (chuva)
Pelo S. Matias, começam as enxertias
Pelo S. Silvestre, nem no alho nem na reste
Pelo teu coração, julgas o teu irmão
Pelos frutos se conhece a árvore
Pelos Santos, neve nos campos
A pensar morreu um burro
Penso, logo existo
Pequeno machado derruba grande árvore
Pequenos mananciais formam grandes rios
Com pêras vinho bebas, mas não tanto que nade uma em cada canto
Perder uma batalha não é perder uma guerra
Quem foi ao ar perdeu o lugar, e quem foi ao vento perdeu o assento
Perdido por dez, perdido por vinte
Perdoa-se o mal que faz pelo bem que sabe
A pergunta disparatada, não se dá resposta
A pergunta insolente, resposta valente
Pergunta e saberás
Perguntar não ofende
A perseverança tudo alcança
Peso e medida, governam a vida
Acolhe-se uma pessoa pelo traje que veste, mas despe-se pela cultura que mostra
A pia é a mesma, os porcos é que mudam
Pimenta no cu dos outros é refresco
Pelo S. Tiago pinta o bago e cada pinga vale um cruzado
Pintainho de janeiro não vai com a mãe ao poleiro
Pior a emenda que o soneto
Pior é fingido amigo que declarado inimigo
A pior tinta é sempre melhor que a melhor memória
Ao pobre até os cães ladram
A minha pobre casinha, é pobre mas é minha
Ao pobre falta muito e ao avarento tudo
Pobre e namoradeira, toda a vida solteira
O pobre pode ir sem esmola, mas não vai sem resposta
Pobrete mas alegrete
Pobreza não é vileza
Poda curta, vindima longa
Podar em março ou no folhato
Podar em março é ser madraço
Se podes olhar, vê; se podes ver, aprecia
A política é para os políticos
Por bem fazer, mal haver
Pôr o carro à frente dos bois
Por S. Clemente, alça a mão da semente
Por um cravo se perde um cavalo
Por falta de um prego, perdeu-se a ferradura
Por S. Gil aduba teu candil
Por S. Martinho, nem favas nem vinho
Por S. Martinho, semeia o teu linho
Por S. Martinho todo o mosto é bom vinho
Por muito que queira julho ser, pouco há-de chover
Por Natal ao jogo e pela Páscoa ao fogo
Por uns pagam os outros
Pôr os pontos nos is
Por Santo André, o sete estrelo posto é
Por Santo André, todo o dia noite é
Por Santo Urbão, gavião na mão
Por Santos, semeia trigo e colhe cardos
Por S. Vicente toda a água é quente
Porca de muitos é bem comida mas mal cebada
Porco fresco e vinho novo, cristão morto
Porta aberta tenta um Santo
A porta da rua é a serventia da casa
A porta mais seguramente trancada é a que pode ser deixada aberta
O pote tanto vai à bica, que um dia lá fica
O pouco com Deus é muito, o muito sem Deus é nada
Pouco manda quem quer que muito lhe obedeçam
O pouco nos basta, o muito se gosta
Quem não poupa a água e a lenha não poupa o mais que tenha
Poupa na cozinha e aumentarás a tua casinha
Poupa-se no farelo e gasta-se na farinha
Poupa o teu vintém, serás um dia alguém
P'ra vilão, vilão e meio
A prática faz o mestre
A precaução vale mais que a cura
A preguiça é a chave da pobreza
A preguiça morreu de sede à beira da água
A preguiça torna tudo difícil. O trabalho tudo facilita
Preso por ter cão, preso por não ter
Presunção e água benta, cada qual toma a que quer
À primeira cavadela, minhoca
Na primeira quem quer cai, na segunda cai quem quer
Primeiro de agosto, primeiro de Inverno
Primeiro os dentes, depois os parentes
O primeiro milho é para os pardais
Primeiro nós, depois os outros
Primeiro a obrigação, depois a devoção
Primeiro ouve-se, depois julga-se
Sê o primeiro a ouvir e o último a falar
Os problemas dos outros são sempre fáceis de resolver
Promessa é dívida
Promessas e cascas fizeram-se para se quebrarem
Prometer mundos e fundos
Prometido é devido
Provérbios de A a Z
Provérbios Alemães
Provérbios sobre alimentação
Provérbios de Natal
Provérbios de Páscoa
Provérbios de São Martinho
É prudente desconfiar de quem é desconfiado
As pulgas vêm com as favas e vão com as uvas
A qualidade pesa mais que a quantidade
Quando o amo é glutão, passam fome o criado e o cão
Quando chover em agosto, não gastes o teu dinheiro em mosto
Quando Deus fecha uma porta, abre sempre uma janela
Quando Deus quer, água fria é remédio
Quando Deus queria, até do Norte chovia
Quando dois burros zurram, um baixa as orelhas
Quando a esmola é grande, o Santo desconfia
Quando os favores acabam, começa a ingratidão
Quando há fome não há ruim pão
Quando a fonte seca é que água tem valor
Quando maio chegar, é preciso enxofrar
Quando mal, nunca pior
Quando o mar está calmo, qualquer um pode ir ao leme
Quando em março arrulha a perdiz, ano feliz
Quando a maré bate quem se lixa é o mexilhão
Quando não chove em fevereiro, nem bom prado nem bom centeio
Quando não chove por S. Mateus, é por milagre de Deus
Quando há obrigações, não há devoções
Quando um perde, outro ganha
Quando um pobre come galinha, um dos dois está doente, ou o pobre ou a galinha
Quando uma galinha cacareja, a outra copeja
Quando é velho o cão, se ladra é porque tem razão
Quando vem a glória, vai-se a memória
Quando há vento, não há bom tempo
Quando o vinho desce, as palavras sobem
Quando vires a barba do vizinho arder, põe a tua de molho
Quanto maior é a nau, maior é a tormenta
Quanto maior é a ventura, menos é segura
Quanto mais alta a berlinda, maior é o trambolhão
Quanto mais aprendo, menos sei
Quanto mais cedência, mais exigência
Quanto mais há, mais se gasta
Quanto mais me bates, mais gosto de ti
Quanto mais olho menos vejo
Quanto mais prima, mais se lhe arrima
Quanto mais se tem, mais se quer
Quanto mais o tolo sobe, tanto mais mostra o que é
Quanto sabes, quanto vales
Quantos criados, tantos inimigos
Até aos quarenta bem eu passo; depois,... ai a minha perna, … ai o meu braço, ...
Quatro olhos vêem mais do que dois
Que o diabo seja cego, surdo e mudo!
Quem alegre se levanta, todo o dia canta
Quem o alheio não sente, não tem quem o lamente
Quem o alheio veste, na praça o despe
Quem ama o feio, bonito lhe parece
Quem ama, o longe faz perto
Quem anda à chuva, molha-se
Quem andou não tem para andar
Quem bebe água não se empenha
Quem bebe e canta seu mal espanta
Quem bem ama, bem castiga
Quem bem ata, bem desata
Quem bem começa, bem acaba
Quem bem nada não se afoga
Quem à boa árvore se chega, boa sombra o cobre
Quem brinca com o fogo, queima-se
Quem burro vai a Roma, burro de lá vem
Quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado vem
Quem cala consente, mas nem sempre
Quem canta mal, canta sempre
Quem canta não assobia
Quem tem capa, sempre escapa. Quem tem gabão, escapará ou não
Quem carrega é que sabe o peso que leva
Quem casa não pensa, quem pensa não casa
Quem casa quer casa
Quem tem cem e deve cem, nada tem
Quem com ferros mata, com ferros morre
Quem com porcos se mistura, farelo come
Quem com tolo se aconselha, mais tolo é que ele
Quem come a carne, que roa os ossos
Quem come a correr, do estômago vem a sofrer
Quem come do meu pilão, bebe do meu cinturão
Quem come pouco aproveita muito
Para quem compra, amanhece; para quem vende, anoitece
Quem conduz com cautela, nada vê, tudo atropela
Quem conta um conto, aumenta um ponto
Quem corre por gosto não cansa
Quem cospe para o ar, cai-lhe na cara
Quem cria e não castiga, mal cria
Quem dá aos pobres, empresta a Deus
Quem dá o conselho não dá o remédio
Quem dá o pão, dá a educação
Quem dá o que tem, a mais não é obrigado
Quem se deita com crianças, acorda molhado
Quem é desconfiado não é fiel
Quem desdenha quer comprar
Quem deseja fazer algo, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa
Quem se deserda antes que morra, precisa de uma cachaporra
Quem na despesa é frugal, logo aumenta o capital
Quem disputa, fala mal
A quem disseste o teu segredo, fizeste senhor de ti
Quem diz ""Eu não erro"", acabou de se enganar
Quem diz o que quer, ouve do que não quer
Quem diz a verdade não merece castigo
A quem dói o dente é que vai ao dentista
Quem economiza tem o que precisa
Quem empresta a um amigo, cobra a um inimigo
Quem encomendou o sermão que o pague
Quem se engana, aprende
Quem se engana no caminho, bem enganado vai
Quem enganar, tem de casar
Quem envelhece, arrefece
Quem escorrega também cai
Quem escuta, de si ouve
Quem espera, desespera
Quem espera sempre alcança
Quem está de fora não racha lenha
Quem está perto do lume é que se aquece
Quem estraga velho, paga novo
Quem fala assim não é gago
Quem fala em barca, quer embarcar
Quem fala o que quer, ouve do que não quer
Quem fala semeia, quem escuta colhe
Quem fala com surdos, perde o seu latim
A quem é famoso, não faltam parentes
Quem faz mal, espere outro tal
A quem se faz mel, moscas o comem
Quem faz o que pode, a mais. não é obrigado
Quem se faz temer, não se faz amar
Quem vai à festa, três dias não presta
Quem fia e tece, bem lhe parece
Quem cá fica come e bebe, e a paixão logo se vai
A quem tem fome dá o teu pão; ao triste dá-lhe o coração
Quem furta pouco é ladrão, quem furta muito é barão
Quem gasta mais do que tem, mostra que siso não tem
Quem gasta mais do que tem, a pedir vem
Quem guarda, tem
Quem é infeliz cai de costas e quebra o nariz
Quem junta para si, poupa para os outros
Quem ler, leia para aprender
Quem se levanta a cantar, deita-se a chorar
Quem quer ir longe, prepare bem a sua montada
Quem madruga, Deus ajudando
Quem em maio não merenda, aos finados se encomenda
Quem em maio relva não tem pão nem erva
Quem mais dorme, menos vive
Quem mais jura, mais mente
Quem mais promete, menos cumpre
Quem mais sabe, mais aprende
Quem mais tem, mais quer
Quem mal anda, mal acaba
Quem mal começa, mal acaba
Quem mal entende, mal conta
Quem mal fala, sua boca suja
Quem mal faz, por mal espere
Quem mal não tem, mal não pensa
Quem mal ouve, mal responde
Quem me repreende, me defende
De quem menos se espera, muitas vezes vem o bem
Quem menos merece, mais reclama
Quem mente, cai-lhe um dente
Quem se mete por atalhos, não se livra de trabalhos
Quem muda, Deus ajuda
Quem muito abarca, pouco abraça
Quem muito ama, muito sofre
Quem muito burro toca, algum há-de ficar para trás
Quem muito canta, seu mal espanta
Quem muito chora, muito mija
Quem muito chora, muito mijan
Quem muito corre, depressa se cansa
Quem vai muito depressa, pode quebrar a cabeça
Quem muito dorme, pouco aprende
Quem muito fala, pouco acerta
Quem muito promete pouco cumpre
Quem muito pula, pouco caça
A quem muito quer saber, nada se lhe diga
Quem murmura, a muito se aventura
Quem nada deseja, nada lhe falta
Quem nada promete, nada deve
Quem nada tem, nada perde
Quem não aparece, esquece
Quem não arrisca, não petisca
Quem não arriscou, não perdeu nem ganhou
Quem não ceia, toda a noite rabeia
Quem não chora, não mama
Quem não come por ter comido, a doença não é de perigo
Quem não confia, não é de confiar
Quem não conta, não erra
Quem não debulha em agosto, debulha contra o seu gosto
Quem não deve não teme
Quem não pode dormir, acha a cama mal feita
Quem não se enfeita, por si se enjeita
Quem não entende, não aprende
Quem não estiver bem, que se mude
Quem não gasta, o pouco lhe basta
Quem não gosta, não come
Quem não herda, não medra
Quem não tem mãozinhas, não come bolachinhas
Quem não é para comer, não é para trabalhar
Quem não podar até março, vindima no regaço
Quem não pode, arreia
Quem não pode, não promete
Quem não quer quando pode, não pode quando quer
Quem não sabe latim, fica assim...
Quem não sabe, é como quem não vê
Quem não semeia, não colhe
Quem não se sente, não é filho de boa gente
Quem não te conhecer, que te compre
Quem não tem cabeça, tem pernas
Quem não tem cão, caça com gato
Quem não tem vergonha, todo o mundo é seu
Quem não trabuca, não manduca
Quem não vai à palavra, não vai à pancada
Quem não viu Lisboa, não viu coisa boa
Quem nasce pataca, não chega a vintém
Quem nasceu para ser pobre, mais vale a morte que a má sorte
Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza
Quem nunca subiu uma montanha, não conhece a planície
Quem oferece não quer dar
Quem se ofusca, alguma coisa busca
Quem passa o dia a beber, no dia seguinte tem de fazer
Quem pede, vende-se. Quem dá, compra
Quem pedir fiado, paga mais que dobrado
Quem perde a vergonha, nada mais tem a perder
Quem perdoa não esquece
Quem pergunta quer saber
Quem planta no Outono leva um ano de abono
Quem poda tardio e semeia temporão tem vinho e pão
Quem pode o mais, pode o menos
Quem pode manda, quem deve obedece
Quem porfia mata a caça
Quem poupa o mau, prejudica o bom
Quem poupa no pouco, ganha no muito
Quem poupa o seu inimigo, às mãos lhe morre
Quem primeiro chega, primeiro é servido
Quem procede bem, não teme ninguém
Quem procura demais, encontra o que não quer
Quem procura sempre encontra
Quem se queixa, larga a ameixa
Quem se quer bem, sempre se encontra
Quem quer bolota, trepa
Quem quer bom conselheiro, consulta o travesseiro
Quem quer festa, sua-lhe a testa
Quem quer prosperar na vida, tem de gastar por medida
Quem quer vai, quem não quer mandal
Quem quiser que o amigo se afaste, empreste-lhe dinheiro ou traste
Quem quiser a vinha velha renovada, pode-a enfolhada
Quem se rala morre cedo
Quem recebe dado, não escolhe
Quem sabe calar, evita guerrear
Quem sabe não fala; quem fala não sabe
Quem sabe o que se passa no convento, é quem está lá dentro
Quem sai aos seus não degenera
Quem segredos quer saber, busque-os na mesa e no prazer
Quem sem dificuldades vence, sem prazer triunfa
Quem semeia, colhe
Quem semeia e não segura, pode colher amargura
Quem semeia ventos, colhe tempestades
Quem sempre mente, vergonha não sente
Quem serve a dois senhores, a algum há-de enganar
A quem servir a carapuça que a ponha
Quem tarde adenta, tarde aparenta
Quem tarde vier, come do que trouxer
Quem te avisa teu amigo é
Quem te manda a ti, oh sapateiro, tocar rabecão?
Quem te viu e quem te vê
Quem tem telhados de vidro, não atira pedras
Quem tem amigos, não morre na cadeia
Quem tem amigos, é rico
Quem tem boca, não manda soprar
Quem tem boca vai a Roma
Quem tem bom vizinho, não tema ruído
Quem tem burro e vai a pé, mais burro é
Quem tem calos, não se meta em apertos
Quem tem quem o chore, todos os dias morre
Quem tem cu tem medo
Quem tem dinheiro, não lhe falta companheiro
Quem tem doença, abra a bolsa e tenha paciência
Quem tem filhos tem cadilhos, e quem não tem, cadilhos tem
Quem tem fome, não olha ao que come
Quem tem fome, tudo come
Quem tem mazela, tudo lhe dá nela
Quem tem medo, compra um cão
Quem tem ofício, não morre de fome
Quem tem peneiras, não se livra de asneiras
Quem tem que perder, perde sempre
Quem tem pressa, vai andando
Quem tem o que é seu na mão dos outros, perdê-lo quer
Quem tem unhas, toca guitarra
Quem tem vergonha, passa mal
Quem a si teme, nada mais tem a temer
Quem tiver mando, não tema para ser obedecido
Quem toca o carrilhão, não vai na procissão
Quem dá e torna a tirar, ao inferno vai parar
Quem tudo quer, tudo perde
Quem tudo receia, nada teme
Quem usa, cuida
Quem vai ao ar, perde o lugar
Quem vai à guerra, dá e leva
Quem vai ao mar, previne-se em terra
Quem vai seguro, vai longe
Quem vai ao vento, perde o assento
Quem vê caras, não vê corações
Quem vier atrás, que feche a porta
Quem do vinho é amigo, cedo está perdido
Quem vive em paz, dorme em descanso
Quem vive sem conta, vive sem honra
Quem vive na taberna, morre no hospital
Quem quiser viver em paz, tem de ser mudo, cego e surdo
Quem é vivo sempre aparece
Quer dado e arregaçado!
Querer ensinar o Padre-Nosso ao vigário
Querer é poder
Querer sol na eira e chuva no nabal
Querer tapar o sol com a peneira
Se queres aprender a rezar, entra no mar
Se queres um bom cabaço, semeia-o em março
Se queres bom conselho, pede-o ao velho
Se queres conhecer o teu corpo, mata o teu porco
Se queres conhecer o vilão, põe-lhe uma vara na mão
Se queres que digam bem de ti, não digas mal de ninguém
Se queres ver teu marido morto, dá-lhe couves em agosto
Se queres o menino correcto, vigia-o de perto
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho
Se queres paz, evita a guerra
Se queres ser bem servido, serve-te a ti mesmo
Se queres ser um bom juiz, ouve o que cada um diz
O rabo é o mais difícil de esfolar
A ração não é para quem se talha, é para quem a come
É rainha a galinha que põe os ovos na vindima
A raiva apressa as mãos de um faxineiro
De raminho em raminho, o passarinho faz o seu ninho
A rapidez consegue-se com calma
Raposa que dorme não apanha galinhas
A raposa tem manha por sete homens. A mulher tem manha de sete raposas
A razão, quanta mais melhor
A razão e a verdade fogem quando ouvem disputas
Aceita, sem receio, azeite de cima, mel do fundo e vinho do meio
Recordar é viver
Regra do bom viver, faz como vires fazer
Rei morto, rei posto
O rei nasce e o homem faz-se
Remenda o teu pano, que te durará um ano
Repreensão bem dada, é palavra abençoada
Responde-se ao tolo, consoante a sua tolice
Ri-se o roto do esfarrapado, o sujo do mal lavado
Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmãos o desamparam
Ao rico não devas e ao pobre não prometas
Rico será, quem bons amigos puder contar
Mais vale ser rico e ter saúde, a ser pobre e doente
Rio onde há piranha, jacaré nada de costas
Os rios correm para o mar
A rir, a rir, as verdades vão-se dizendo
Riso pronto, miolo tonto
Rodas e advogados, não andam sem ser untados
Roma e Pavia não se fizeram num dia
Diz o roto para o nu; - Porque não te vestes tu?
Roubar galinhas e vendê-las ao dono
Roupa suja, lava-se em casa
Rua, que é a sala dos cães!
Ruim marido, pior sem ele
Ao ruim, não há mal que lhe pegue mo
S. Miguel soalheiro, enche o celeiro
Sábados a chover e bêbados a beber, ninguém os pode vencer
O que sabe recear, sabe ponderar
Sabedor é quem não quer subir muito alto, nem descer demasiado
Saber esperar é uma virtude
O saber não está todo numa só cabeça
O saber não ocupa lugar
O sábio só deve ter a si por guardião do seu segredo
O sábio não afirma nada que não prove
O sábio sabe que não sabe, e o néscio julga que sabe
Saco vazio não fica de pé
Sacudir a água do capote
Sai mais cara a mecha que o sebo
Sair melhor do que a encomenda
Sair o tiro pela culatra
Salada bem salgada, pouco vinagre e bem azeitada
Aquele que sobre salada não bebe, não sabe o que perde
De Santa Catarina ao Natal, bom chover e melhor nevar
Em dia de Santa Luzia, cresce a noite e minga o dia
Dos Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento
Os Santos esperam, mas não perdoam
Santos de ao pé da porta não fazem milagres
São desculpas de mau pagador
São dez cães a um osso
O são ao doente, em regra mente
São favas contadas!
Uns são filhos, outros são enteados
São mais que as mães
São mais as vozes que as nozes
São precisos dois para se dançar um tango
Os sapateiros olham para os sapatos
Quem espera por sapatos de defunto, toda a vida anda descalço
Sarampo e sarampelo sete vezes vem ao pêlo
A saudade é a companheira dos que não têm companhia
A saúde é um bem precioso
Sáveis em maio, maleitas de todo o ano
Sáveis por S. Marcos enchem os barcos
Seara é pão, fogo é destruição
Seda em janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro
O segredo é a alma do negócio
O segredo é bom conselheiro, o melhor é estar calado e aguardar primeiro
Segredo de dois, segredo de Deus; segredo de três, o diabo o fez
O segredo melhor guardado é o que a ninguém é revelado
Segredo muito encoberto, é sempre descoberto
Segredos, nem à mulher se devem contar, para não complicar
Segue a moda ou abandona o mundo
Segue tu sempre a razão, muito embora a uns agrade e a outros não
O seguro morreu de velho
Sem dinheiro, nada feito
Sem ovos não se fazem omeletas
Sem saúde não há felicidade
Não há sábado sem sol, domingo sem missa, nem segunda sem preguiça
Sem tempo nada se faz
Sem trabalho nada se faz
Na Semana de Ramos lava os teus panos, que na da Paixão lavarás ou não
A semente da mão pegará ou não, mas a da boca pega toda
Há sempre uma primeira vez para tudo
Só sentimos o mal alheio, quando o nosso bate à porta
Separar o trigo do joio
Ser mais papista que o Papa
Ser useiro e vezeiro
Será bom a prudência quando falta a paciência
Serás o que quiseres, se ousares e puderes
A serenidade vence o furor
O serviço bem feito, bem parece
Em setembro, ardem montes e secam as fontes
Em setembro, lavra, semeia e colhe que é mês para tudo
Setembro é o maio do Outono
Setembro molhado, figo estragado
Provérbios de setembro
O seu a seu dono
Silêncio, não significa esquecimento
O silêncio é de ouro
Sinal no braço, mulher de desembaraço
Sinal no peito, mulher de respeito
Sinal na perna, mulher de taberna
É só atar e pôr ao fumeiro
Só Deus sabe o que está para vir
Só fala quem tem que se lhe diga
Só ganha quem joga
Só me saem duques!
Só se morre uma vez
Só perde quem tem
Só quem a si se governa, pode governar os outros
Só te lembras de Sta Bárbara quando troveja
Sobe devagar, chegarás sem cansar
Sofrer que nem passarinho, na mão do menino
Sol e chuva, casamento da viúva Sonhar é fácil!
Sol de janeiro sai tarde e põe-se cedo
Sol de junho madruga muito
Sol de março, fere que nem maço
Sol de março queima a dama no Paço
O sol quando nasce é para todos
À sombra da árvore não deites o filho, encontrá-lo-às ao sol
A sombra passa, a luz fica
A sorte ajuda às vezes, o trabalho sempre
A sorte bate uma vez à porta de cada um
A sorte é para quem a tem
Pela Sta Marinha vai ver a tua vinha, assim como a achares, será a vindima
Pela Sta Marinha nem para ti nem para a galinha (semear o milho)
Tal pai, tal filho
Tanto barulho para nada!
Tanto faz dá-me como dê-me
Tanto faz dar-lhe na cabeça, como na cabeça lhe dar
Tantos dias de geada terá maio, quantos de nevoeiro teve fevereiro
Tão certo como dois e dois serem quatro
Tão grande é o Marão, não dá seara nem pão
Tão ladrão é o que vai à horta, como o que fica à porta
É tarde para economia, quando a bolsa está vazia
Tarde é o que nunca chega
Tarefa que agrada é depressa acabada
Tarefa apressada, tarefa estragada
Teima, mas não apostes
Tem muito tempo aquele que não o perde
Tem o porco meão pelo S. João
O que tem de ser tem muita força
Tem tudo o que lhe apraz, quem com pouco se satisfaz
O que tem a ver o cu com as calças?
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria
Temos muito, falta-nos muito
Pelo tempo do cuco, de manhã molhado e à tarde enxuto
No tempo do cuco, tanto está molhado como enxuto
O tempo é dinheiro, o resto é conversa
Tempo é dinheiro
Tempo de guerra, mentira na terra
Em tempo de guerra não se limpam armas
O tempo e a honra, uma vez perdidos, nunca mais se recuperam
Tempo e maré, não esperam por ninguém
Assim como vires o tempo de Santa Luzia ao Natal, assim estará o ano mês a mês até final
O tempo a tudo dá remédio
Tenda é preciso quem a entenda, senão que a venda
Ter cara de quem comeu e não gostou
Ter dor de cotovelo
Ter fraca cara para ser Santo
Ter mais olhos que barriga
Ter uma aduela partida
Em terra de cegos quem tem um olho é rei
A terra o criou, a terra o há-de comer
Em terra de lobos uiva-se com eles
À terra onde fores ter, faz o que vires fazer
Em terra ruim, não se gaste boa semente
Testemunha só, testemunha nula
Tirar o cavalinho da chuva
Tocar os arcos a alguém
Toda a panela tem a sua tampa
Toda a pergunta tem resposta
Anda-se toda a vida a aprender e morre-se sem saber
Todo o burro come palha, a questão é saber dar-lha
Todo o galo tem o seu poleiro
Todo o homem tem o seu preço
Todos os caminhos vão dar a Roma
Todos falam e murmuram, e ninguém olha para si
Todos têm a sua cruz
Todos têm a sua hora
Tola é a ovelha que se confessa ao lobo
Toma em rapaz bom caminho, segui-lo-às em velhinho
Tonel mal lavado, vinho estragado
Tostão a tostão, faz um milhão
Trabalha e terás, madruga e verás
Trabalhador prudente evita o acidente
Trabalhar para aquecer, todos gostamos de não fazer
Trabalhar com mulheres e beber por cabaça
Trabalhar para aquecer, é melhor morrer de frio
Trabalho apressado, não dá bom resultado
Se o trabalho dá saúde, então trabalhem os doentes
O trabalho enriquece, a preguiça empobrece
Do trabalho e da experiência, aprendeu o homem a ciência
O trabalho é a fonte de todas as riquezas
O trabalho do menino é pouco, mas quem o não aproveita é louco
Trazer o rei na barriga
A três de abril, o cuco há-de vir
Três, foi a conta que Deus fez
Quem tem três e gasta quatro, depressa esvazia o saco
Trigo limpo, Farinha Amparo
Trinta dias tem novembro, abril, junho e setembro, 28 terá um e os mais têm 31
Tristezas não pagam dívidas
Trovoadas em agosto, abundância de uva e mosto
Tu que sabes e eu que sei, cala-te que eu me calarei
A tua fama longe soa, e mais depressa a má que a boa
Tudo o que entra sai
Tudo está bem quando acaba em bem
Tudo falta a quem tudo quer
Tudo se lava, menos a má língua
Tudo ao monte e fé em Deus
Tudo o que é pequeno tem graça
Tudo se quer no seu tempo, os nabos pelo advento
Tudo tem o seu preço
Tudo o que vier é ganho
Tudo o que é violento não dura muito tempo
A última gota é a que faz transbordar o copo
O último a rir é o que ri melhor antever
O último que vier come do que trouxer
Os últimos são os primeiros
Um abismo chama outro
Um avarento por causa de um, perde um cento
Um bom conselheiro, alumia como um candeeiro
Um bom gato, um bom rato
Um bom livro é o melhor dos amigos
Um burro carregado de livros é um doutor
Um dia não são dias
Um gesto diz mais que muitas palavras
Um gosto, mil desgostos
Um mal nunca vem só
Um mau com outro se quer
Um padre a pecar... conta a dobrar
Um por todos e todos por um
Um tolo tem sempre outro que o admira
Uma andorinha só, não faz a Primavera
Uma boca, uma sopa
Uma coisa é dizer, outra é fazer
Uma desgraça nunca vem só
Uma imagem vale mais que mil palavras
Uma maçã por dia mantém o médico longe
Uma mão lava a outra e ambas o rosto
Uma mentira descobre outra
Uma onça de bom senso vale um arratel de espírito
Uma ovelha má põe o rebanho a perder
Uma vez não são vezes
A união faz a força
Unidos resistimos, divididos caímos
Usa e serás mestre
O útil junta-se ao agradável
Vai-se indo e vai-se vendo
Vai-te lucro que me dás percas
Enquanto se vai e vem, não está o caminho sem gente
Vale mais a nação, que a criação
Vale mais quem Deus ajuda do que quem muito madruga
Vamos à vida que a morte é certa, embora em data incerta
A vantagem é sempre de quem sorri
Vão as leis onde querem os reis
Vão-se os amores, ficam as dores
Vão-se os anéis, ficam os dedos
Vaquinha que não come com os bois, ou comeu antes ou come depois
Quem vareja antes do Natal, fica-lhe a azeitona no olival
Vaso ruim nunca quebra
Cada um vê mal ou bem, conforme os olhos que tem
Vê-se na adversidade o que vale a amizade
Em velha gamela também se faz boa sopa
A velhice faz o homem prudente
Velho como a Sé de Braga!
Velho que de si cura, cem anos dura
Velho enamorado, velho enterrado
Velho mudado, velho enterrado
Se és velho ou comilão, encomenda o teu caixão
O velho por não poder e o moço por não saber, deitam as coisas a perder
Velhos são os farrapos
Vem a ventura a quem a procura
Vencer a si próprio, vale mais que vencer todos
Dado é dado, vendido é vendido, esquecido nem é pago nem agradecido
Vento de março, chuva de abril, fazem o maio florir
Não há ventos favoráveis, para quem não sabe para onde ir
Ver onde param as modas
Ver para crer, como o S. Tomé
A verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima
A verdade contenta-se com poucas palavras
A verdade não tem pés, ... e anda
A verdade é para ser dita
A verdadeira amizade dura uma eternidade.
Verde é esperança
Vermelho ao mar, calor de rachar
Vermelho na serra, chuva na terra
Quem se veste de ruim pano, veste-se duas vezes por ano
A vida é bela, os homens é que dão cabo dela
A vida é bela, o que é preciso é saber vivê-la
A vida é como uma vela acesa ao vento
A vida não é só prazer
Na vida nem tudo está totalmente mal. Até um relógio parado está certo duas vezes ao dia
A vida é um pau ensebado, com uma nota falsa presa na ponta
A vida quanto mais se estica, mais curta fica
Vindima molhada, pipa depressa despejada
Vindima em outubro que... S. Martinho to dirá
Vinha entre vinhas, casa entre vizinhas
Vinha que rebenta em abril, dá pouco vinho para o barril
Vinho e amigo, o mais antigo
Vinho que baste, carne que farte e pão que sobre e seja eu pobre
Vinho de boa cepa e filha de boa mãe
O vinho é que ""induca"" e o fado é que ""instrói""
Vinho de março, colhe-se no regaço
Vinho e medo descobrem o segredo
Vinho, mulheres e tabaco, põem um homem fraco
O vinho e a música alegram o coração
Vinho que nasce em maio vai para o gaio. Se nasce em abril, vai ao funil. Se nasce em março, fica no regaço
Vinho, ouro e amigo, quanto mais velho melhor
É como o Vinho do Porto, quanto mais velho melhor
Casa onde caibas, vinho quanto bebas, terra quanta vejas
Vinho tirado é vinho bebido
Vinho turvo e pão quente, são inimigos da gente
Vinho verde em janeiro é mortalha no telheiro
A viola e o tambor querem-se na mão do tocador
Vira o disco e toca o mesmo
Virar o bico ao prego
Virou-se o feitiço contra o feiticeiro
Viúva rica, casada fica
Viver de crédito é pagar dobrado
Vontade de rei não conhece lei
A vontade vale tanto ou mais que a ação
Voz do povo, voz de Deus
Vozes de burro não chegam ao céu
Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades
Lápis Mágico
/ Provérbios
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