Era uma vez uma cadelinha que se chamava Minnie. Estava em cima de uma prateleira, numa loja.
Uma tarde, entrou uma senhora, viu-a e disse:
— Vou levá-la.
Pegou nela e levou-a para casa.
A cadelinha, que tinha feitio muitos amigos, sentia saudades deles. Mas não podia encontrar-se com eles.
Um dia, a dona foi de férias e deixou-a em casa. Ela ficou sozinha e aproveitou para sair e procurar os seus amiguinhos.
Com a pressa, não viu uma poça de lama e caiu. Ficou toda suja, mal se viam os olhos e cheirava mal. Decidiu regressar a casa depois de tanto brincar com os amigos cães. Já lá estava a sua dona que não a reconheceu e disse:
— Tu não és a minha cadelinha. Rua! Sai daqui!
Mas a cadelinha sacudiu-se, ladrou com muito carinho e a dona, afinal, reconheceu-a. Foi buscar água quentinha e a cheirar a rosas e deu-lhe um bom banho. A Minnie voltou a ficar bonita e cheirosa.
Vitória, vitória, acabou-se a história.
Ana Teresa Duarte, Lápis Mágico, 2020