Esta história é sobre um dinossauro cor-de-rosa com pintinhas amarelas e crista azul.
Era uma dinossauro muito feliz e estava a apanhar flores, de todas as cores, para pôr numa jarra quando chegasse a casa.
Ela já tinha apanhado muitas flores e começou a olhar em volta, para apreciar a natureza, quando viu brilhar alguma coisa. Pareciam estrelinhas.
– Oh, o que será? - pensou ela.
Não conseguiu resistir e foi atrás das luzinhas, para descobrir o que eram. Ficou admirada quando percebeu que eram pirilampos.
– Pirilampos? porque estão a brilhar agora? Não brilham só à noite?
Os pirilampos riram-se e disseram:
– Tu só nos vês a brilhar de noite porque está escuro mas nós brilhamos sempre. Os pirilampos são bioluminescentes, ou seja, são seres vivos capazes de emitir luz, a partir de uma reação química.
– Biolu… que? Que palavra difícil. Tentou repetir a dinossauro Rosa.
– Aha ahaha, é verdade, é difícil. Mas o mais importante é perceberes que por que razão os pirilampos emitem luz. Nós brilhamos, por vários motivos: para caçar, para nos defender, para nos protegermos e para comunicar.
– Sim, sim. Já percebi. Obrigada pela explicação, já aprendi uma coisa nova hoje. E se estavam com medo de mim, não precisam. Não vos faço mal.
– Nós já percebemos. És muito simpática. Até logo, então.
E a dinossauro Rosa continuou o seu passeio até casa para colocar as flores numa jarra.
Ana Filipa Silva, 2020, Lápis Mágico