Era uma vez um unicórnio de crina amarela que decidiu ir passear. Queria ir à Terra dos humanos mas não queria ir de mãos a abanar, como quem diz, sem levar nada para oferecer à primeira pessoa que encontrasse.
Viu então um campo de flores e escolheu as mais bonitas e perfumadas. Com elas fez um bonito ramo e pôs-se a caminho.
Depois de muito andar, viu um grupo de cavalos perdidos e perguntou:
— Olá! Não sabia que havia cavalos aqui!
— Perdemo-nos do nosso dono e não sabemos como regressar.
O unicórnio perguntou-lhes quem era o dono e onde vivia.
Os cavalinhos responderam a todos as perguntas e o unicórnio disse-lhes: — Esperem aí! Acho que sei como lá chegar. Vou pôr no meu GPS.
E pouco depois puseram-se a caminho e depressa chegaram a uma quinta onde se encontrava um senhor e uma menina que ficaram felizes ao verem chegar os seus cavalos. O unicórnio ofereceu o ramos de flores à menina que saltou de alegria.
— Obrigada! — disse, dando-lhe um abraço.
A seguir, o unicórnio contou-lhes que vinha da Terra dos Unicórnios para além do arco-íris.
Um dos cavalos pediu para os visitar de vez em quando e o unicórnio prometeu aparecer uma vez por semana. E acrescentou que ficou feliz por ter feito amigos mas que tinha de regressar. E dizendo isto, disse:
— Adeus, adeus! Tenho que ir andando. Já é tarde!
E batendo as suas asas, voou para longe.
Ana Duarte e Ana Filipa Silva, Lápis Mágico, 2020