Era uma vez um papagaio que vivia numa gaiola dourada, na casa de um casal já de uma certa idade.
Era um papagaio verde, com penas luzidias e muito bem tratado. Os donos adoravam o bichinho e falavam com ele todos os dias.
De tanto ouvir o velhote chamar pela esposa “Maria” facilmente decorou essa palavra e repetia-a a torto e a direito.
Os velhotes riam-se quando o papagaio começava a palrar: Maria, Maria.
Um dia os seus donos saíram e o papagaio foi deixado na sala, a apanhar sol como tanto gostava.
A certa altura, alguém entrou pela janela do quarto começando de imediato a roubar objetos de valor. Era um assaltante.
O papagaio, ouvindo barulho, começou a gritar:” Maria! Maria!”. O ladrão, olhou para todos os lado e começou a ficar com medo. Pensou mesmo que estava alguém em casa e que o ía encontrar e chamar a polícia. Largou tudo, desatou a correr e fugiu, apanhando um valente susto.
Os velhotes chegaram a casa, à tardinha, sem imaginar como o papagaio os salvou de terem a casa assaltada.
Ana Ferreira, Lápis Mágico