O Dia da Mãe estava a chegar e o Bruno estava preocupado. Ainda não tinha nenhum presente para oferecer à mãe e ele queria muito fazer-lhe uma surpresa.
Estava sem ideias e por isso foi falar com o Pai.
– Pai, o dia da Mãe está a chegar. Ajudas-me a arranjar uma prenda para ela?
O pai, que estava no computador a despachar algum trabalho, parou o que estava a fazer e respondeu:
– Claro, Bruno. Podemos tratar disso amanhã. Mas se queres saber penso que a mãe vai ficar muito feliz se lhe fizeres um desenho e lhe deres uma grande beijo e um abraço apertado. As nelhores prendas vêm do coração. Nem sempre são bens materiais.
O Bruno percebeu o que o pai quis dizer.
– E eu vou dar, pai! Um abraço muito apertado. Ah, e também vou fazer o desenho mais bonito do mundo.
O Bruno foi para a sua mesa e começou a fazer um desenho. Desenhou um coração cor-de-rosa e pediu ao pai para escrever num papel
“És a melhor mãe do mundo”
– Que bonito, filho! Vais deixar a mãe muito feliz, de certeza.
O menino riu, orgulhoso. Enrolou a folha e amarrou com uma fita o desenho. Depois, guardou-o numa gaveta para a mãe não ver antes do tempo.
Já ia brincar para o seu quarto, quendo voltou atrás e disse:
– Ó pai, mas depois vamos comprar um ramo de flores, está bem?
O pai riu e assentiu.
Ana Filipa Silva, 2020, Lápis Mágico